Em visita ao local, o comerciante e diplomata suíço Henry Dunant ficou estarrecido com o resultado desolador daquela sangrenta batalha. Buscando resolver o problema, ele mobilizou um grupo de voluntários incumbidos de ajudar as vítimas de ambos os lados do conflito. Ignorando a cegueira do espírito nacionalista, ele levantou recursos e esforços para salvar milhares de vidas que sofreram na guerra. Depois disso, esse problema continuou a perturbar Dunant.
No ano de 1862, de volta à sua cidade natal, Genebra, Henry Dunant publicou a obra “Lembrança de Solferino”. Naquelas páginas ele narrou os horrores e as incríveis experiências de salvamento vividas na Itália. Além disso, também registrou a necessidade de se criar um grande comitê de voluntários que socorresse as pessoas feridas em guerra e a realização de um grande acordo internacional capaz de reconhecer a ação humanitária desses mesmos comitês.
Em 1863, a divulgação do livro atraiu outras pessoas para a mesma causa. Naquele mesmo ano, outras importantes personalidades políticas da Suíça se uniram a Dunant e criaram o Comitê Internacional de Socorro a Feridos, composto inicialmente por apenas dezesseis países. Já na sua primeira convenção, os participantes entraram em acordo para a instituição do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. O símbolo da cruz teria a função de destacar este “exército de salvação” dos exércitos em guerra.
Com o passar do tempo, o desenvolvimento de outros grandes conflitos, incluindo aí as duas Guerras Mundiais, fez com que a Cruz Vermelha ganhasse um prestígio cada vez maior. Já no ano de 1901, Henry Dunant teve seu trabalho reconhecido ao receber o Prêmio Nobel da Paz. Não se limitando ao ocidente as funções exercidas pela Cruz Vermelha, deram origem ao Crescente Vermelho, uma variação islâmica da entidade.
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