A revista Veja desta semana traz extensa reportagem sobre medidas ou
práticas adotadas em países com resultados extraordinários em educação
segundo Mona Mourshed, pesquisadora da consultoria McKinsey. São elas:
Só os melhores ensinam
Nesses países, só concorrem a vagas nas faculdades de educação os 10%
com melhor boletim. Mais: esses 10% ainda têm de passar por provas,
entrevistas e aulas demonstrativas. O motivo é óbvio: o nível dos
professores influencia a qualidade do ensino.
Para cada estudante de pedagogia, um tutor
Nos países de excelência em educação, os universitários são acompanhados
por "tutores" – professores experientes – que os orientam do
planejamento das aulas à correção de lições, avaliam seu desempenho,
corrigem eventuais falhas e ensinam tudo na prática.
Tornar atraente a carreira de professor
Muitas países igualaram o salário inicial do professor ao de outras
carreiras e implantaram sistemas meritocráticos, em que os melhores
ganham mais dinheiro e responsabilidade e vislumbram a possibilidade de
exercer funções mais prestigiadas.
Cursos para os diretores
O diretor de sua escola ainda toma decisões com base na intuição? Nos
países de excelência não. Lá eles freqüentam cursos de gestão e fazem
estágio em grandes empresas, onde podem observar os métodos adotados por
executivos. O objetivo é tornar o diretor mais eficiente.
Auditoria na sala de aula
Portugal já monitoriza, em parte, a qualidade do ensino através da
aplicação de várias provas. Mas, nos países de excelência em educação,
um passo a mais foi dado: lá especialistas assistem às aulas,
entrevistam alunos e professores, observam o estado de conservação do
prédio e propõem mudanças nos rumos de disciplinas e até troca de
diretores.
Roteiros para ensinar
Em todos aqueles países, há um bom currículo oficial. Vale dizer, têm
metas de aprendizado claras e exigentes e os professores, objetivos
definidos e instrumentos para aferir o nível dos alunos diante de
expectativas concretas.
Aula particular de graça
Em alguns países, os estudantes com dificuldade de aprender dispõem de
reforço escolar, e os professores designados a essa tarefa ganham mais,
são treinados durante um ano para a função e contam com ajuda de
psicólogos para lidar com os casos mais difíceis! Tudo em nome do
combate à repetência.
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